Qual o salário de um estrangeiro na Europa; confira quanto cada país europeu paga

Já pensou nos motivos pelos quais os estrangeiros desejam viver e trabalhar na Europa? Qualidade de vida, segurança e a busca por salários competitivos podem ser alguns deles.

No entanto, antes de tomar a decisão de mudar de país, é importante conhecer os salários médios pagos nos países da União Europeia e quanto é possível ganhar como estrangeiro na Europa.

Trabalhar e morar na Europa

Muitas pessoas visitam a Europa e se encantam com sua rica história, cultura e beleza arquitetônica, desejando, por vezes, viver em um de seus países. Além desses atrativos, os altos padrões de vida dos países da União Europeia também têm atraído cada vez mais imigrantes em busca de uma melhor qualidade de vida e acesso a um sistema educacional de alto nível.

De acordo com o portal Schengen Visa Info, a possibilidade de residir e visitar todos os países da União Europeia sem visto, o acesso a planos de saúde nacionais acessíveis e a chance de obter altos salários estão entre os principais motivos que levam um grande número de estrangeiros a viajar para os países do bloco a trabalho. Por isso, é importante descobrir quanto um estrangeiro pode ganhar na Europa.

Quanto ganha o estrangeiro que trabalha na Europa?

Você já se questionou quais são os países da União Europeia (UE) que oferecem os maiores salários mínimos? De fato, os salários variam significativamente entre os países da UE, o que leva os trabalhadores a considerar onde podem encontrar as melhores oportunidades.

De acordo com dados do Eurostat (Escritório Europeu de Estatística), os salários mínimos nos países da União Europeia variaram de € 399 por mês na Bulgária a € 2.387 por mês em Luxemburgo, conforme divulgado pelo portal Schengen Visa Info.

“Em 1º de janeiro de 2023, 22 dos 27 Estados-Membros da União Europeia possuíam um salário mínimo nacional, incluindo Chipre (a partir de 1º de janeiro de 2023). Os países da UE que não possuem salário mínimo nacional são: Dinamarca, Itália, Áustria, Finlândia e Suécia. Os salários mínimos mensais variam amplamente entre os Estados-membros, de € 399 na Bulgária a € 2.387 em Luxemburgo”, afirma o comunicado.

Países da União Europeia com base salarial

Com base nos salários mínimos mensais brutos aplicáveis nos países da União Europeia em 1 de janeiro de 2023, expressos em euros, é possível classificar os estados da UE em três grupos principais.

O Grupo 1 é composto por países que possuem salário mínimo nacional acima de €1.500 euros:

Luxemburgo,

Alemanha,

Holanda,

Irlanda

França.

Os salários mínimos nacionais variam de €1.709 na França a €2.387 em Luxemburgo.

O Grupo 2 inclui Espanha e Eslovênia, que possuem salário mínimo nacional superior a €1.000 euros, mas inferior a €1.500 euros por mês. Os salários diferem de €1.167 euros na Espanha a €1.203 euros na Eslovênia.

Grupo 3

Os seguintes países da União Europeia possuem salário mínimo nacional abaixo dos €1.000 euros por mês:

  • Portugal,
  • Chipre,
  • Malta,
  • Grécia,
  • Lituânia,
  • Estônia,
  • República Tcheca,
  • Croácia,
  • Letônia,
  • Hungria
  • Bulgária.

Dentre esses países, a Bulgária é conhecida por ter um dos custos de vida mais baixos da União Europeia, seguida pela Hungria e Lituânia. No entanto, é importante ressaltar que o custo de vida pode variar muito dentro de cada país e de região para região.

Economia: Saiba quanto ganha um estrangeiro na Europa

REUTERS/Heinz-Peter Bader – RC1F98E7D200

De acordo com o Eurostat, todos os países que desejam ingressar na União Europeia possuem salários mínimos que os colocam no Grupo 3. Os valores mensais variam de €298 na Albânia a €532 em Montenegro.

Em um comunicado, o Eurostat revelou que a Romênia teve a maior taxa média de crescimento anual entre janeiro de 2013 e janeiro de 2023 (+14,4%), seguida pela Lituânia (+11,2%) e Bulgária (+9,7%). As taxas médias de crescimento anual mais baixas foram registradas em Malta (+1,7%), seguida pela França (+1,8%) e Grécia (+2,0%).

A proporção de empregados que ganham o salário mínimo varia entre os países da União Europeia. Em 2018, a proporção de trabalhadores recebendo menos de 105% do salário mínimo nacional era superior a 10% em cinco Estados-Membros da UE com salário mínimo, especificamente Eslovênia (15,2%), Bulgária (14,1%), Romênia (13,1%), Polônia (12,1%) e França (11,6%).

Enquanto isso, a menor proporção de trabalhadores com rendimentos inferiores a 105% do salário mínimo nacional foi observada na Espanha (0,8%), Bélgica (0,9%) e Malta (1,8%).

Países fora da pesquisa

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

Vale lembrar que, segundo o comunicado do Eurostat, alguns países não foram abrangidos pelas estatísticas do salário mínimo. A partir de 1º de janeiro de 2023, a Dinamarca, Itália, Áustria, Finlândia e Suécia, bem como os países da EFTA, incluindo a Islândia, Noruega e Suíça, não possuem um salário mínimo nacional estabelecido. Em vez disso, os salários mínimos nesses países são definidos por acordos coletivos em setores específicos.

O Eurostat também revelou que o custo médio por hora de trabalho em 2021 foi de € 29,1 na União Europeia. A Bulgária registrou o menor custo, com € 7,0 por hora, enquanto a Dinamarca apresentou o maior valor, com € 46,9

Rendimento anual liquído de um estrangeiro na Europa

Na União Europeia em 2021, um trabalhador solteiro médio sem filhos teve um rendimento anual líquido de € 24.947 euros. Os valores variaram de € 6.952 euros na Bulgária a € 45.787 euros em Luxemburgo, de acordo com dados divulgados pelo Eurostat. O mesmo relatório revelou que um casal trabalhador médio com dois filhos teve um rendimento líquido anual de € 53.364 euros na UE, com diferenças entre € 14.825 euros na Bulgária e € 101.065 euros em Luxemburgo.

O comunicado também apontou que em 2021, o peso dos custos não salariais no total dos custos laborais foi de 24,6% na UE e 25,1% na zona euro. As maiores parcelas dos custos não salariais foram registradas na Suécia (32%), França (31,9%) e Itália (28,3%), enquanto as porcentagens mais baixas foram registradas na Lituânia (3,7%), Romênia (4,9%) e Irlanda (8,7%).

Qual o salário de um não europeu trabalhando na Europa; vale a pena?

Existem várias razões pelas quais trabalhar em um país da União Europeia pode ser altamente benéfico. A UE possui algumas das maiores e mais prósperas economias do mundo, oferecendo amplas oportunidades de emprego em diversos setores.

Além disso, muitos países da UE possuem sistemas avançados de bem-estar social, que fornecem uma série de benefícios e proteções aos trabalhadores, incluindo aqueles estrangeiros com contrato de trabalho.

Uma das principais vantagens de trabalhar nos países membros é a possibilidade de circular livremente entre eles. Isso significa que os trabalhadores com cidadania europeia podem mudar facilmente de país sem precisar obter visto ou autorização de trabalho, o que é especialmente útil para pessoas que desejam adquirir experiência internacional ou buscar novas oportunidades de carreira.

Além disso, muitos países da UE enfatizam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, com leis que limitam o número de horas de trabalho por semana, oferecem férias remuneradas generosas e outros benefícios, especialmente nos países nórdicos que normalmente oferecem mais equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, sem horas extras ou mensagens de trabalho fora do expediente.

Por fim, trabalhar na UE pode proporcionar uma grande oportunidade para conhecer diferentes culturas e aprender novos idiomas.

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