Projeto para brasileiros que querem morar em Portugal ajuda a ter residência fixa
Uma ótima notícia para os brasileiros que querem morar em Portugal e ter sua residência.
De acordo com um relatório do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) do país europeu divulgado em junho deste ano, os brasileiros correspondem a quase um terço de todos os estrangeiros que vivem em Portugal. Em 2021, a população estrangeira residente no país totalizou 698.887 cidadãos.
Ajuda para brasileiros
E é justamente para auxiliar brasileiros com intenção de comprar um imóvel no país que surgiu o projeto “Vou Mudar Para Portugal”, desenvolvido pela empresária Pati Lemos que vive há cinco anos no país. Segundo ela, a decisão pelo aluguel ou compra vai depender do quanto de reserva o estrangeiro vai dispor ao chegar no país.
“Tudo depende da reserva que a pessoa tem para dar a entrada em um imóvel. Se ela tiver essa capacidade financeira, vale a pena comprar, porque o valor do financiamento será em média a metade do que pagaria de aluguel pelo mesmo imóvel. Para quem não tem essa reserva, alugar em um primeiro momento é uma solução, mas é preciso ter no radar que é mais vantajoso comprar assim que possível”.
O projeto, que além de ajudar brasileiros também auxilia cidadãos de outras nacionalidades, nasceu da necessidade de encontrar um canal que tivesse informações para quem estava chegando ao país sem informação alguma de como se estabelecer.
“Vim para cá em 2017 com meu marido, meus filhos gêmeos, minha mãe já com 78 anos e uma cachorra. De repente, já vivendo aqui, nos tornamos referência para os amigos e conhecidos, cada vez mais ávidos por informações sobre Portugal. Somando essa percepção do interesse cada vez maior de brasileiros por Portugal à minha ampla experiência com o digital, criei o canal @voumudarparaportugal com informações e serviços para quem quer organizar a sua própria jornada rumo a Portugal. São já 4 anos de trabalho intenso”, explica.
Para os recém-chegados, o que mais pode ser sentido é o choque realidade e que é fundamental ter calma para conseguir a adaptação e um bom lugar para se estabelecer, segundo a empresária.
“O brasileiro precisa estar preparado para uma queda no seu padrão de vida. Vai morar num imóvel menor, provavelmente sem nenhuma infra-estrutura de lazer, mas ganhará um país inteiro para desfrutar ao ar livre, com muitas praças, parques e praias. Além disso, há o desafio de ter que desacelerar. Não existe a cultura do “tudo para ontem”. É preciso se acostumar com um novo ritmo de vida”, revela
Aquisição de imóveis
Se no Brasil, o processo de aquisição de imóveis pode demorar meses, em Portugal a espera pode ser menor que 30 dias.
“Não é demorado nem burocrático, inclusive é possível efetuar a compra e adquirir um financiamento mesmo estando no Brasil, utilizando a renda do Brasil. Os bancos portugueses estão super adaptados ao cliente estrangeiro. Hoje temos inúmeros nacionalidade investindo aqui. O prazo total entre ver um imóvel, solicitar um financiamento e escriturar pode chegar a menos de 25 dias. É muito rápido”, complementa.
Com relação aos valores, Pati lembra que tudo depende de qual região do país ou da capital, o estrangeiro vai decidir morar. “Varia muito. Depende do tamanho, do estado do imóvel e, principalmente, da localização. Só a título de exemplo, um apartamento de 2 quartos remodelado, no Campo de Ourique, que é uma boa região em Lisboa custa entre 450 e 500 mil euros. Este mesmo imóvel alugado deverá ter um valor em torno de 2 mil euros por mês”, afirma.
Para os que pretendem se aventurar a viver em Portugal, a empresária aconselha aos novos moradores a terem um bom planejamento e não ter medo dos desafios. Outra dica importante é esquecer a conversão da moeda e focar em ganhos em euros.
“Com planejamento meticuloso, não há o que temer. A grande dor dos brasileiros é como se manter em um país que, quando se faz a conversão de euros em reais, é um país caro. Por isso, o desafio é fazer dinheiro em euros. Lembre-se que o valor de uma cesta básica em São Paulo e Rio de Janeiro consome 67% do salário mínimo brasileiro, enquanto que o equivalente a uma cesta básica em Portugal consumiria apenas 25% do salário mínimo português”, conclui.